Mas afinal o que é uma consulta de babywearing?

Basta navegar um pouco pelos grupos de babywearing nacionais para ver que frequentemente é sugerida uma consulta de babywearing.

Mas afinal o que é, e para que serve uma consulta de babywearing? Não são os bebés carregados há inúmeras gerações? São, mas algures neste nosso caminho fomos perdendo o hábito de os carregar, privilegiando outros meios, como os carrinhos que supostamente são mais cómodos.
E digo supostamente porque da minha experiência, que vivo numa cidade em que a maioria das ruas são em calçada, nem no carrinho com as rodas mais XPTO um bebé consegue ir sem parecer que vai a fazer rally num todo-o-terreno. Claro que se for para fazer 10 km a andar a direito em centro comercial, admito que talvez fosse mais cómodo mas valerá a pena perder os benefícios do contacto com o nosso bebé?

É aqui que entra a consulta de babywearing. Uma consulta não serve apenas para aprender a fazer portes, serve também para falar com os interessados sobre o colo, a sua importância e os benefícios que tem tanto para o bebé como para quem o carrega.

Numa consulta vão receber um(a) consultor(a), alguém que dedicou, e dedica, o seu tempo a estudar as formas de carregar um bebé de modo ergonómico, respeitando a sua fisiologia nas diferentes fases de desenvolvimento e, claro, consoante as especificidades de cada bebé.  

Claro que nem todas as consultas são iguais e dependem sempre do objectivo da mesma, se é para pais cujo bebé ainda não nasceu, se é para pais cujo bebé nasceu e nunca carregaram e querem começar ou para aqueles que não se estão a "ajeitar" com o porta bebés que têm, se é para bebés com necessidades especiais, etc.. assim a consulta será adequada consoante o objectivo dos pais.

Para saber como carregar é preciso que antes os pais fiquem a saber um pouco sobre as várias fases de desenvolvimento dos bebés e em como carregá-los de forma ergonómica em cada uma dessas fases.

Genericamente de uma consulta pode esperar-se ouvir falar sobre colo, apego, desenvolvimento do bebé e ergonomia a fim de dar ferramentas aos pais para se manterem firmes na sua decisão de carregar e em como fazê-lo bem.

Depois há que conhecer os porta-bebés disponíveis, os recomendados e os não recomendados para que os pais compreendam as diferenças entre uns e outros e o porquê de se optar pelo uso de uns em detrimento dos outros.

Até aqui uma consulta parece que é só blá blá blá... mas não é, vão chegar os panos, os slings de argolas, as mochilas, os mei tais, os onbuhimos e a Cátia Vanessa.
Cátia Vanessa
Quem? A Cátia Vanessa é uma parte fundamental de uma consulta pois é com ela que primeiro a consultora demonstra como se usam os vários porta-bebés e que depois vai ajudar os pais a experimentarem eles próprios. Claro que também poderão experimentar com o seu bebé depois de experimentarem com a Cátia Vanessa e elegerem o seu porta-bebés de eleição.

A Cátia Vanessa depois só não ajuda na escolha de tecidos, marcas, modelos e afins mas isso é mais um tópico para o qual poderão contar com a ajuda do/a consultor/a. 

E esta é a parte fulcral de uma consulta, a de capacitar os pais para tomarem uma decisão acertada e consciente sobre o porta bebes que vão utilizar, independentemente de a consulta ser para quem ainda não carrega como para quem apenas quer aprender a utilizar correctamente um determinado porta bebés.

Já diz o ditado que mais vale prevenir do que remediar e aqui também se aplica. Quantos pais cheios de vontade de carregar já não compraram um sling de argolas, ou um pano ou uma mochila para depois chegarem à conclusão que afinal não se ajeitam a utilizá-lo? Então vende-se e escolhe-se outro ao qual também se poderão adaptar ou não. Chegados aqui ou desistem de carregar ou continuam a tentar outros porta-bebés quando por vezes a não adaptação até pode ser do uso incorrecto. Uma consulta vai permitir evitar estas situações, além do que poderão contar com a ajuda da vossa consultora para vos auxiliar no uso correcto do porta bebés que tiverem.

P.S.: Editei a parte do/a consultor/a porque apesar de crer que em Portugal ainda só existem consultoras, lembrei-me que na minha formação da Bebê no Pano havia um colega homem, que embora fosse do Brasil, creio que é um texto que se adequa à realidade de ambos os países :)
  

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